“Agora estou só com soro, suco natural e chá. A nutrição Parenteral acabou a quase uma semana. Sinto muita fome, além de dores”, disse o paciente.
Devido ao quadro clínico, o paciente precisa de Nutrição Parenteral, um tipo de alimentação que reduz as complicações provocadas pela deficiência nutricional e serve para complementar ou substituir a alimentação dada pela boca.
Além da falta da alimentação, o paciente reclama que já ficou quatro dias sem receber visita médica. “Ele (o médico) não vem aqui. E quando vem só olha e não fala nada”, diz revoltado.
Ex-colegas de trabalhos sensibilizados com a situação do amigo pedem ajuda. “A situação é triste. Queremos providência, ele precisa dessa alimentação”, disse Francisco das Chagas Silva.
Cada unidade da alimentação parenteral, em falta no Hospital regional do Juruá, custa em média 230 reais. O empresário Orleir Cameli afirmou que está disposto a ajudar, mas antes precisa de esclarecimentos da direção do Hospital. “Ele é ex-funcionário da minha empresa e quero ajudá-lo. Farei o que for preciso, mas preciso saber se eles vão deixar entrar a alimentação parenteral se for adquirida por mim. A situação do paciente é lamentável, se preciso for enviaremos ele para outro estado. Só queremos saber como ajudar” afirma o empresário.
De acordo o diretor clínico do hospital, Heitor Mesquita, o estado do paciente é grave. Mas não há necessidade de encaminhá-lo a hospitais de outros estados. “O procedimento que está sendo feito aqui é o mesmo que será usado em qualquer lugar do Brasil. O Hospital do Juruá dispõe do tratamento que este paciente precisa. Apenas a alimentação ficou em falta na empresa que nos fornece, mas nos próximos dois dias o problema estará resolvido”, garante.
Segundo ele, o tipo de alimentação só é disponibilizado à hospitais, terceiros não podem adquiri-la. Quanto a reclamação do paciente em não receber as visitas do médico responsável, ele garantiu que vai averiguar a situação para tomar os procedimentos cabíveis.
José Orleir Marques da Fonseca mora no Bairro do Telegrafo, em Cruzeiro do Sul. A esposa, que agora é a única provedora do lar, se reversa com a sogra para ficar com ele no hospital.
Glória Maria – Juruá On-line
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