segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sem reajuste, policiais federais terminam a greve


Nesta segunda-feira, 15, policiais federais de todo o país que ainda estavam em greve retornaram ao trabalho, depois de 70 dias de paralisação. O movimento reivindicava reajuste salarial e reestruturação de carreira para as funções de agente, escrivão e papiloscopista.
No início deste mês a greve foi esvaziada por causa de uma decisão do Superior Tribunal de Justiça que determinou a presença de 100% do efetivo em operações estratégicas, como as eleições, a fiscalização de portos e aeroportos, entre outras.
“Conseguimos avançar e obter a garantia de que o governo vai permanecer com os canais de negociação abertos, por isso decidimos encerrar a greve, que já estava causando prejuízo tanto para nós quanto para o governo, e também para toda a sociedade”, declara Guilherme Delgado,  presidente do sindicato dos policiais federais do Acre.
Delegados e peritos da Polícia Federal aceitaram a proposta do governo que conceder reajuste de 15,3% parcelado em três anos. Os agentes, escrivães e papiloscopistas não aceitaram e ainda estão sem reajustes. Eles acreditam que ainda podem conseguir um reajuste melhor que o dos colegas.
Nesta segunda-feira um grupo de policiais se reuniu em frente ao prédio da superintendência da Polícia Federal em Rio Branco. A retirada de uma faixa de protesto, que desde o início sinalizava a paralisação da categoria, marcou o fim do movimento grevista.
“Mesmo trabalhando nós vamos permanecer mobilizados, em estado de greve,  ate que o governo atenda nossas reivindicações”, garantiu  Guilherme Delgado, presidente do sindicato dos policiais federais do Acre.
Rogério Wenceslau, da TV Gazeta, matéria públicada no Site Agazeta.net

Operação Ágata 6: fuzileiros navais patrulham o Rio Juruá e fiscalizam embarcações


Um destacamento de fuzileiros navais do Batalhão de Operações Ribeirinhas, subordinado ao IX Distrito Naval da Marinha do Brasil, sediado em Manaus (AM), está em Cruzeiro do Sul realizando patrulhas e inspeção naval ao longo do Rio Juruá. O exercício faz parte da Operação Ágata 6, realizada pelo Exército, Marinha e Aeronáutica, com parceria de órgãos federais estaduais e municipais, visando coibir ações ilícitas na Amazônia.
No período da operação, iniciada no último dia 9, um efetivo de dez mil homens atuará numa área de fronteira de aproximadamente 4.200 quilômetros, focando nos Estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre, que não participaram das edições anteriores da Operação Ágata.
Segundo o tenente Vinícius, comandante do Batalhão de Operações Ribeirinhas, nas abordagens das embarcações são fiscalizados a documentação, os equipamentos de segurança e o transporte de materiais perigosos junto com passageiros. As abordagens estão tendo um sentido mais educativo, no entanto, o tenente alerta que em dezembro deverá ser inaugurada uma agência da Capitania Fluvial em Cruzeiro do Sul, quando a fiscalização será rotineira e obrigará todos a se ajustarem às leis, trazendo assim mais segurança ao tráfego fluvial.
O tenente também especificou outra vantagem: hoje as embarcações só podem se regularizar em Eirunepé (AM) – com a agência em Cruzeiro do Sul, todos os serviços serão oferecidos aqui. Para suas ações, o batalhão da Marinha conta com o apoio da Polícia Federal especialmente em relação a tráfico de drogas, de plantas ou de animais da biodiversidade local e contrabando, e também tem o apoio do 61º BIS, com soldados e embarcações.
Índio Ashaninka se afogou
No domingo, 14, o grupo de inspeção naval avistou um grupo de índios pedindo ajuda, próximo à Boca do Rio Môa. Os índios estavam descendo o rio numa canoa de motor de rabeta, aparentemente alcoolizados, e a canoa virou. Um dos índios estava desaparecido. Os demais pediram ajuda à patrulha, que logo acionou mergulhadores do Corpo de Bombeiros e, utilizando duas embarcações cedidas pelo 61º BIS, localizaram o corpo do indígena Francisco Ashaninka, de 36 anos, três horas mais tarde.
Texto de Flaviano Schneider (Cruzeiro do Sul)

Homem de 57 anos é flagrado aliciando criança em Rodrigues Alves


A Polícia Civil do município de Rodrigues Alves prendeu em flagrante, José Carneiro, 57 anos, acusado de estuprar uma menina de 10 anos de idade. Um irmão da vítima flagrou o ato e denunciou a polícia.
Carneiro era vizinho da garota e mantinha uma ótima relação com a família dela. Segundo o delegado Lindomar Ventura, responsável pelo caso, o acusado oferecia presentes e dinheiro para atrair a criança para sua casa.
“Ele era tido como uma pessoa da família. Quero até alertar a população que tome cuidado com os filhos, seja menino ou menina. Que observe quem convive com seus filhos para evitar que esse tipo de situação aconteça”, comenta o delegado.
Os abusos foram comprovados através do exame de conjunção carnal. O depoimento do irmão da vítima que foi testemunha do crime também foi importante. José Carneiro foi encaminhado ao Presídio Manoel Néri da Silva, em Cruzeiro do Sul.
Da redação do Site Juruá Online

Um dia após a eleição, candidato que derrotou o PT em Rodrigues Alves, Francisco Deda (PP), considerado ficha-suja é nomeado no estado por Sebastião Viana

Francisco Deda (PP) 

Mesmo após ter sido eleito mais uma vez prefeito de Rodrigues Alves, vencendo o atual prefeito Burica (PT), com o agravante de figurar entre os fichas-sujas do TCU, Francisco Wagner Santana de Amorim, o Deda, do PP, foi renomeado pelo governador Sebastião Viana, como Coordenador de Projetos e Processos II, na Secretaria de Estado de Articulação Institucional – SAI.
A nomeação de Deda, consta no Diário Oficial do Estado edição da última quarta-feira, 10, com data retroativa a 08 de outubro, um dia após as eleições do dia 07.
O prefeito eleito reassume o cargo que ocupou até o mês de junho último, quando pediu afastamento para concorrer à prefeitura de seu município.
CONHEÇA A FICHA DE DEDA – No mês de abril deste ano a juíza da Comarca de Mâncio Lima, Adamárcia Machado, condenou o ex-prefeito a 13 anos de prisão em regime semiaberto, pela acusação de vários crimes no período em que exerceu a função de prefeito de Rodrigues Alves, por dois mandatos, entre os anos de 2001 e 2008.
Deda teria desviado 50 caixas de leite em pó da merenda escolar para pagar uma dívida particular com o empresário Durval Martins Filho.
O ex-prefeito também é responsabilizado por irregularidades em licitações, além de apropriação indébita de recursos de diversos programas na área da educação, de onde teria desviado R$ 14 mil de um convênio com a Fundação Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O dinheiro seria para aquisição de material didático, escolar, de manutenção e material de limpeza de escolas do município.
Na lista de acusações contra Deda constam ainda: falsificação de documentos para ocultar desvio de dinheiro público e dispensa irregular de licitação para construção de conjunto habitacional e aquisição de terras.
Deda também foi condenado pelo TCU  a devolver mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos, por mais irregularidades durante sua administração. É ficha suja. Teve sua candidatura impugnada no TRE Acre, mas recorreu junto ao TSE, concorreu nas eleições municipais e derrotou o colega de partido de Sebastião Viana, atual prefeito Burica, com uma diferença de 190 votos. Deda obteve 2.719 votos e o prefeito do PT, 2.529.
Na relação Deda/Sebastião Viana é difícil saber quem engana quem. Os dois são tarimbados em política. Deda é filiado ao PP, partido comandado pelo deputado Gladson Cameli, que na capital compõe chapa majoritária através do candidato a vice de Tião Bocalom, Alysson Bestene. É bem verdade que Deda sempre manteve postura dúbia.
Nesse jogo, Deda talvez não saiba que o PT de Sebastião Viana, que o nomeou para um importante cargo na Secretaria de Articulação torce para que ele tenha o mandato cassado, assim que assumir a prefeitura. O próprio Presidente do PT no Acre, Leonardo de Brito, durante coletiva um dia após a eleição, no escritório de campanha da FPA, se disse esperançoso com uma possível cassação de Deda pra que Burica, do PT, segundo colocado nas eleições ascenda novamente ao cargo.
Ou provavelmente, Deda tenha perdido a esperança de que possa assumir a prefeitura de Rodrigues Alves e tenta garantir guarida no governo.

Luciano Tavares, da redação de ac24horas