quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

LEI MARIA DA PENHA É DESTAQUE EM CZS

OITO ANOS DA LEI 11.340/06.  LEI MARIA DA PENHA É DESTAQUE EM CZS




A historia da luta pelos direito da mulher é árdua e nem sempre compensatória. Na idade média, as mulheres tornaram-se objetos e sua principal função era respeitar e obedecer ao marido e servirem aos homens. Na idade moderna, as mulheres sofreram um duro golpe. A pesar de lutar ao lado dos homens pelos seus direitos, ficaram excluídas da declaração de direitos do homem e do cidadão, documento que surgiu depois da revolução Francesa de 1789. Foi na idade contemporânea que a mulher conquistou seu espaço em meio ao cenário social. Como o direito de votar e a criação de leis para a sua proteção. As mulheres estão mais presentes nas empresas, na politica e no mundo científico.

No Brasil muitas leis surgiram tendo como objetivo a proteção dos direitos da mulher podendo ser mencionada a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT, Decreto- Lei 5.452\1943), que tem como objetivo a proteção ao trabalho da mulher, licença maternidade e proibindo distinção salarial pelo gênero. Essa desigualdade empregada contra as mulheres vem de uma cultura chamada patriarcal machista em meio á sociedade uma ideia de superioridade dos homens e inferioridade as mulheres não podemos esquecer que a família é a base de toda sociedade.

Apesar de todas as conquistas já alcançadas pelas mulheres uma delas não será nada fácil, infelizmente as mulheres ainda sofrem com tamanha violência  seja ela psicológica na qual a mulher tem sua alto estima e confiança totalmente abalada  e destruída pelo seu companheiro e a outra é a violência física que por muita das vezes acontecem por causa do abuso do álcool e das drogas, as agressões físicas podem causar lesões corporais leves, graves, seguida de mortes por muita das vezes o homicídio.

Quem é Maria da Penha? O nome a que se deu a lei 11.340/06 muito se comenta da lei Maria da Penha mas muitos não sabem o motivo desta lei se chamar assim. Maria da Penha Maia Fernandes 61anos de idade atualmente tinha como profição biofarmacia nascida no Ceara. Por duas vezes foi vitima de tentativa de homicídio por seu marido o professor universitário e economista Marco Antônio Herredia Viveros. Com o agressor Maria tinha três filhas.

Em 29 de maio de 1983 ocorreu á primeira tentativa de homicídio Marcos deu um tiro nas costas de Maria da Penha com uma arma tipo espingarda quando a mesma estava dormindo, Marcos simulou um assalto dizendo que os ladrões fugiram pela janela, Maria se recuperou mas ficou paraplégica devido tamanha covardia. Se passando algumas semanas Marcos atacou novamente desta vez empurrando Maria na cadeira de rodas ele também tentou eletrocutá-la por meio de uma descarga elétrica enquanto Maria tomava banho.

Em 1991 Marcos foi condenado pelo tribunal do júri a 8 anos de prisão, 1 ano depois seu julgamento foi anulado. 1996 ele foi julgado novamente imposto uma pena de 10 anos e 6 meses ele acabou recorrendo em liberdade e somente 19 anos e 6 meses após o fato em 2002 Marcos Antônio Herredia Viveros foi  preso e cumpre pena em regime fechado logo depois recebeu beneficio da progressão de regime indo para o regime semiaberto. Após as tentativas de homicídios Maria da penha começou a trabalhar em movimentos sociais que lutam contra a impunidade e violência atualmente Maria e coordenadora da APAVV (Associação de Parentes e Amigos de Vitima de Violência) no estado do Ceará.

É muito comum ver nós meios de comunicação notícias de mulheres que foram ou são agredidas por seus companheiros. Com alto índice de agressões e mortes de mulheres adultas e até mesmo adolescentes e criança no país, os movimentos feministas uniram força na criação da lei. A lei Maria da Penha teve em seu processo de formação como o mais democrático no país este processo contou com a participação de movimentos feministas de todo o Brasil contando ainda com apoio internacional.

Algo mudou com a criação da lei Maria da Penha? Antes da lei, a violência domestica contra a mulher nunca teve uma lei que realmente a regulasse. Mulheres agredidas se viam encurraladas pela a falta de apoio principalmente jurídico enquanto o homem muitas das vezes o companheiro da vitima continuava com as agressões pós sabia que sua chance ser punido era praticamente nulo. A lei também trouxe dispositivos para tentar coibir à violência familiar contra a mulher a novidade foi à criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (JVDFM).

Com isso a vitima se apresentara na delegacia e será instaurado um inquérito policial, a mulher ficou também proibida de entregar intimação ou notificação ao acusado, a vítima deve ficar acompanha de um advogado podendo ter acesso aos serviços da Defensoria Publica. Se antes da lei era possíveis penas alternativas como forma de punição ao agressor, depois da lei ficou proibido o uso de penas como multa ou entrega de cestas básicas, agora se permite a prisão em flagrante e a prisão preventiva do agressor, já a pena mínima foi alterada para 3 meses  e a foi aumentada para 3 anos acrescentando-se  mais 1/3 quando se é portador de deficiência. Outra importante mudança foi em relação quanto á desistência da vitima em prestar a denuncia contra o seu agressor, antes de 2006 a vitima podia desistir da denuncia na própria delegacia já depois de 2006 ela só pode desistir da denuncia perante o juiz. E o ultimo beneficio que para muitos é um dos mais importantes é o que permite o juiz determinar o comparecimento do agressor em programas de recuperação e reeducação para que não possa mais agredir a mulher.

A lei também recebeu críticas negativas, alguns críticos alegam que, embora mas, rara, a violência contra o homem também não deixa de ser um problema sério, minimizado pela vergonha que sentem em denunciar agressões sofridas por partes de companheiras agressivas. Um dos pontos chaves é que o artigo 5° da constituição da direitos iguais a todos portanto, o termo violência contra mulher é incompleto. Uma das criticas feitas vem do delegado de polícia Rafael Ferreira de Souza ele afirma “Quantas vezes presenciei a própria mulher vítima de uma ameaça ou de uma lesão corporal, desesperada porque seu companheiro ficaria preso”. A outra critica feita foi da jornalista Ligia Martins de Almeida ela afirma que a lei pode se torna “desacreditada” se for usada de forma excessiva. Ligia apontou num artigo ao observatório da imprensa que a lei foi usada duas vezes numa mesma semana para tentar livrar homicidas de punição. No caso mais conhecido os advogados de Elize Matsunaga que matou seu marido, apresentaram a tese de que ela “agiu sob forte emoção” e de que sofria maus tratos para justificar o crime invocando a lei Maria da Penha.

Em reportagem veiculada no jornal O Globo Agora agressores terão que pagar despesas das vitimas ao INSS. O Instituto Nacional do Seguro Social ira cobra por meio de ações na justiça aos agressores de mulheres o beneficio que o órgão concede as mulheres que por ventura sejam vitimas. As pessoas serão acionadas que agredirem seguradas que, em decorrência do ataque sofrido requereram auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou que deixem pensão por morte para os dependentes a reportagem conta ainda que a Advocacia-Geral da União (AGU), representando o INSS entrou com uma ação no tribunal regional federal em Brasília, com o objetivo de conseguir o ressarcimento de beneficio concedido. No primeiro caso a mulher sofreu uma tentativa de homicídio e o INSS pagou auxílio-doença por 17 meses agora a instituição cobra nos tribunais a conta do companheiro da vitima que foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão pelo referido crime. Já no segundo caso o homem confessou ter matado a própria companheira, e o INSS está pagando pensão por morte ao filho da vitima. Com uma ação ajuizada o órgão vai cobra do réu confesso os custo.  Além dos casos já aqui citados também existe um terceiro que será ajuizado no Rio Grande do Sul. Um homem foi condenado a 22 anos de prisão pela morte da ex-companheira ocorrido em novembro de 2009, neste caso o INSS esta pagando pensão aos dois filhos da vitima desde a morte da segurada, o beneficio se estenderá até o ano de 2022, data em que incide a maioridade previdenciária dos dependentes. Agora o INSS cobra na justiça a conta, tanto do que foi gasto quanto do que vai gastar.

Em comemoração á oito anos da lei Maria da Penha, DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento á Mulher) de Cruzeiro do Sul realizou vasta programação. Com a campanha contra os crimes de cunho sexual.  “Uma sociedade que não tem consciência dos seus direitos e deveres jamais será protegida conforme a lei determina”. Palavras da Delegada de Polícia civil, Carla Ivane de Brito, delegada titular da DEAM.

A delegada lançou a campanha de conscientização social com palestras nas escolas de ensino fundamental é médio. A delegada realiza também palestras nas sedes da zona rural do município, ela cita que o objetivo é esclarecer os direitos individuais das mulheres e promovendo uma reflexão acerca da violência de gêneros, o que incentiva as denúncias e evita a impunidade.

Toda essa programação teve inicio com uma caminhada onde os participantes se reunirão no centro da cidade de Cruzeiro do Sul, varias pessoas e instituições participaram do evento como: Rede Reviver (Rede de Proteção aos grupos de Vulneráveis), DEAM, Centro de Referencias Sociais (Cras e Creas), Conselho tutelar, e a Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres (SEPMulheres). As palestras tiveram como tema Lei Maria da Penha, saúde feminina, autoestima, combate a prevenção a dengue. Além das palestras e apresentações culturais também eram realizada oficinas educativas. Na escola Dom Henrique Ruth a programação foi um dia de beleza para as mulheres com parceria do Senac com corte de cabelo, hidratação, escova, maquiagem. O exercito ofereceu atendimento médico.

Para comemorar toda essa programação foi doado por um supermercado um bolo medindo 8 metros, o evento ocorreu durante todo o dia no teatro do Náuas, a delegada falou que esse momento serviu para a reflexão e divulgação da lei e das prerrogativas que as mulheres tem em seu favor, para combater a violência doméstica e familiar. “O estimulo ás denúncias, realizados realizado nas palestras aumentou o número de procedimentos realizados na Deam. Isso quer dizer que a população está compreendendo que comportamentos criminosos têm que ser punidos” afirma a delegada Carla Ivane de Brito.
        Ocorrências registradas na Deam e que te verão grande repercussão nos meios de comunicação, na cidade de Cruzeiro do Sul nos municípios vizinhos até mesmo no estado do Acre.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A ODISSEIA - HOMERO



A Odisseia - Homero
A Odisseia de Homero narra as aventuras de Ulisses durante 10 anos de ausência ao lar, compondo-se de quatro partes a narrativa.
Na primeira parte aparece a Assembleia dos Deuses. Ulisses partira. Muitos eram os pretendentes da mão de sua esposa Penélope. Atena estimula Telêmaco para proteger sua mãe contra esses pretendentes. Entretanto os dias passavam e uma angústia, o desespero apodera-se de Telêmaco. Decide sair à procura de seu pai Ulisses, percorrendo Pilo e após a Lacedônia, porém sem êxito. Enquanto isso os pretendentes em sua casa lançam mão da emboscada.
Na segunda parte, os deuses se reúnem, em assembleia, novamente. Após atender solicitação de Atena, Zeus dá o encargo a Hermes que ordene a Calipso permitir que Ulisses parta, após sete anos de retenção. Uma jangada é construída por Ulisses. Nela se encontrava navegando quando é colhido por uma tempestade. É atirado na Ilha dos  Feaces. Adormece. Quem o encontra e dele procura cuidar, acolhendo-o em seu palácio é Náusica, a filha do Rei Alcinoo. Ulisses dá prova de sua forte compleição atlética quando participa no jogo da projeção do disco que é promovido em honra de Náusica, saindo vitorioso da disputa. Sua volta à pátria estava prestes a concretizar-se.
Na terceira parte é encontrado o relato de Ulisses sobre as suas aventuras. Sua partida de Tróia, o país dos Cicones dos Ciclopes, e os seus seis companheiros devorados. Também é relatado o episódio de Polifemo. Na Ilha de Eolo os ventos se encontram presos nos odres, que após abertos por seus companheiros, desencadeia-se uma violenta tempestade. Circe transforma-os em porcos. Só depois de muita persuasão é que Ulisses consegue convencê-lo para quebrar o encanto. Seus companheiros voltam á forma humana. Ulisses é seguido pelas sereias. Após outras peripécias consegue  finalmente alcançar a Ilha de Calipso.
Na quarta parte há o retorno de Ulisses à Ítaca. Disfarça-se de mendigo. É reconhecido pelo seu filho Telêmaco na casa de Eumeu. Chega ao palácio, é menosprezado e sofre os maiores escárnios e ultrajes dos que pretendiam a mão de Penélope. Não é reconhecido por sua esposa. Somente Euricléia sua ama, consegue reconhecê-lo por uma cicatriz, após banhar-lhe os pés. O grande banquete é preparado para disputar Penélope, porque  prometera contrair matrimônio com aquele que fosse capaz de conseguir entesar o arco de Ulisses e após arremessar a flecha e atravessar  doze machados. Tentaram, porém em vão, apesar da grande força que faziam. Só Ulisses o consegue. Causa pânico nos pretendentes quando abandona os andrajos, sendo reconhecido. Só após longa hesitação, Penélope finalmente se convence de que se trata realmente de Ulisses, o seu verdadeiro esposo. Ajudado por Telêmaco, Ulissses massacra os pretendentes. Suas almas são conduzidas por Hermes, nas profundezas dos infernos.
Canto X da obra odisseia
Quando Ulisses chega à terra de Éolo, este, vendo que Odisseu era um homem de caráter elevado, dá-lhe um saco que continha todos os ventos que os podiam incomodar durante a sua viagem, mas com a condição de nunca o abrir. No entanto, a curiosidade dos companheiros aqueus foi maior e, enquanto Odisseu dormia, abriram o saco, de onde de facto saíram todos os maus ventos para a viagem, o que provocou uma violenta tempestade. Quando a tempestade acalmou, voltaram atrás para de novo pedir ajuda a Éolo, mas este recusou de novo a ajuda, uma vez que não foram cuidadosos. Logo Éolo deduz que estes viajantes não eram queridos pelos deuses e portanto, não mereciam ajuda.
Voltaram ao mar, no sétimo dia chegaram á cidade de Lamos, em Teléfilo dos Lestrígones. Odisseu despachou uns companheiros para investigar quem ali morava. Eles desembarcaram e percorreram uma estrada lisa por onde carroças transportavam lenha das altas montanhas para a cidade. Encontraram diante da cidade uma moça com um cântaro. Era a corpolenta filha de lestrígone Antífates, que descera a fonte para pegar água. Perguntaram-lhe quem era o rei do local. Ela indicou a mansão de seu pai. Ao entrarem na mansão se depararam com uma mulher tal alta que os encheu de pavor. Ela chamou da praça o marido, o ilustre Antífates, que pensou em lhes dar um triste fim. Agarrou um dos camaradas e fez o jantar. Os outros dois companheiros correram para o barco. O rei deu o alarme na cidade e de todos os lados vinham lestrígones aos milhares, não pareciam homens e sim gigantes. Eles começaram a jogar pedregulhos que atingiam os barcos e companheiros, os fazendo em pedaços. Eles os fisgavam como peixes e levavam-os para o seu jantar. Odisseu rapidamente cortou as amarras de seu barco e rapidamente seus companheiros rapidamente remaram. Enquanto isso os outros eram destruídos em massa. Dali prosseguíram com o coração pesaroso, mas contentes de escapar à morte, embora com a perda de companheiros queridos. Chegaram a Ilha de Eéia, onde vivia "Circe", de ricas tranças, deusa terrível, de humana linguagem. Desembarcamos e deixamo-nos ficar por ali dois dias e duas noites, devorando o coração de fadiga e tristeza.
No terceiro dia, Odisseu pegou sua lança e sua espada, subiu até o cume do monte mais próximo e de lá avistou uma casa no meio de um bosque. Retornou a seus companheiros, mas no caminho conseguiu abater um cervo. Os homens ficaram muito alegres ao vê-lo chegar com a caça e fizeram um festim de carne e vinho na praia. Odisseu só lhes contou o que vira no dia seguinte, mas os homens não ficaram animados com a ideia de explorar a ilha, pois ainda tinham muito presentes os infortúnios que passaram. Odisseu sugeriu que se dividissem em dois grupos: um seria liderado por ele e o outro pelo denodado Euríloco, e tirariam a sorte para decidir qual dos dois exploraria a ilha. Os homens aceitaram e o grupo de Euríloco partiu a frente de 22 homens, que iam chorando temendo que lhes acontecesse o mesmo que com os outros companheiros, mortos. Numa clareira da baixada, acharam o solar de Circe, construído de pedras polidas. Rodeada de lobos e leões, por ela enfeitiçados com drogas venenosas. Eles não atacavam os companheiros de Odisseu, e sim o recebiam bem. Dentro ouviam o canto de Circe que trabalhava a tecer uma grande trama, como as deusas o fazem. O primeiro a lhe falar foi Polita, o mais caro e precioso dos companheiros de Odisseu, que disse que a deviam chamar. Ela abriu a porta e os convidaram a entrar, todos entraram menos Euríloco, que suspeitou. Serviu-lhe comidas com drogas e que provocavam esquecimento de casa, logo viraram em suínos, embora preservassem a inteligência, ficaram presos em pocilgas. Circe lhes deu comida de porcos. Euríloco voltou correndo para o barco e contou o que havia acontecido com muito nervosismo. Euríloco insistiu para que fossem embora, pois não poderiam trazer de volta os companheiros, Odisseu disse que ele poderia ali focar, mas que ele iria atrás dos companheiros. Indo ao solar de Circe, Odisseu é abordado por Hermes, da vara de ouro, que na figura de um jovem lhe dá uma erva benéfica. Ele disse que Circe lhe dará comida com uma droga, mas que não fará efeito por causa da droga que ele estava lhe dando, quando Circe quiser tanger-se com sua longa vara, ele deveria sacar de junto da coxa o gládio aguçado e fazer como se fosse atacá-la. Circe amedrontada iria convidá-lo a se deitar com ela. Ele não deveria negá-la nada. Dito isso tirou do chão môli, que somente os deuses conseguiam arrancar. Ele vai à casa de Circe, ela lhe dá a comida, manda que vá para junto dos companheiros, ele saca a faca, ela fica com medo, pergunta sobre ele, por fim lhe convida para se deitar com ela. Odisseu recusa-se a fazer o que ela quer antes dela libertar seus companheiros. Os companheiros voltam à forma humana. Circe lhe diz que bonha o barco a seco e volte com os outros companheiros para o seu solar, ele obedece. Todos os companheiros foram com Odisseu. Ela os recebeu todos bem, comerem e beberam, e assim por um ano ali ficaram. Após um ano, os companheiros se reunirão e disseram a Odisseu que estava na hora de irem para casa. Odisseu foi falar para que Circe os deixa-se ir. Circe lhe diz que se assim deseja, que vá, mas que antes deve fazer outra viagem deve ir à morada de Hades e da terrível Perséfone, a fim de consultar a alma do tebano Tirésias, o adivinho cego, cuja mente continua viva. A ele Perséfone concedeu inteligência ainda após a morte, para que só ele fosse inspirado, enquanto os outros adejam como sombras.
Gêneros da obra Odisseia
A épica é um gênero muito antigo, tão antigo quanto à própria literatura ocidental: ambas surgem no ocidente com a Ilíada e a Odisseia, de Homero . A épica foi cultivada pelos renascentistas, dentre eles Camões, que nos legou a maior epopeia moderna, Os Lusíadas, cujas páginas narram a viagem de Vasco da Gama às Índias, mas que tem como motivo principal um canto de louvor ao povo português, o verdadeiro herói dessa magnífica obra. A épica (ou epopeia), de acordo com Angélica Soares, é "uma longa narrativa literária de caráter heroico, grandioso e de interesse nacional e social [...] que apresenta, juntamente com todos os elementos narrativos (o narrador, o narrativo, personagens, tema, enredo, espaço e tempo), uma atmosfera maravilhosa que, em torno de acontecimentos históricos passados, reúne mitos, heróis e deuses, podendo-se apresentar em prosa (como as canções de gesta medievais) ou em verso (como Os Lusíadas)". Mas há algumas diferenças quanto aos termos, pois, para alguns teóricos, "épica" é usada no sentido técnico, na acepção de gênero narrativo, enquanto que o termo "epopeia" é utilizado como uma espécie pertencente ao gênero épico.
Comentário da obra Odisseia
A Odisseia é uma das obras mais clássicas e antigas da literatura ocidental. Este épico, provavelmente produzido por Homero, talvez um aedo, artista que na época cantava poemas nos quais se narravam atos heroicos e grandiosos, Sua estrutura encontra-se repartida em 24 cantos, contendo um total de doze mil versos hexâmetros. Este clássico está inscrito no cânone ocidental – a síntese literária ocidental das melhores obras de todos os tempos, e continua atual em nossos dias. Ela foi criada e legada oralmente de geração em geração, vertida posteriormente para a modalidade escrita. Este poema continua sendo estudado e pesquisado, traduzido para os mais variados idiomas. Seu enredo não cronológico e a forma decisiva como tanto mulheres quanto escravos marcam o rumo dos acontecimentos, na mesma medida que as atitudes dos heróis, transformam este épico em um texto incomum.

LATIM



A origem da língua portuguesa é um tema grandioso ao qual engloba uma série de processos, que envolve acontecimentos políticos, sociais, culturais que tiveram repercussão ou consequências linguísticas, abrange toda uma história cultural. o processo de história interna da língua que engloba a evolução fonética, morfológica, sintática e semântica, a história da língua portuguesa é a história da transformação do latim lusitânico em português, da perspectiva dos fenômenos culturais. Em geral, quando se fala em história da língua portuguesa, a ideia que se tem é do estudo cronológico da evolução do latim para o português e da abrangência de nossa língua pelo mundo, como também a origem e a expansão do latim, as fontes e as diferenças entre o latim clássico e o latim vulgar, A origem da língua Portuguesa, está relacionada diretamente a continuação do latim ibérico e do romance lusitânico, o latim se tornou língua-comum.
         Consideramos as diversas peculiaridades fonéticas, morfológicas, sintáticas e de vocabulário, deve-se dividir o período histórico em duas fases que são a arcaica e a moderna. O português que se fala hoje no Brasil é resultado de muitas transformações de acréscimos ou supressões de ordens morfológicas, sintáticas e fonológicas. A linguística atual revela que uma língua não é homogênea e deve ser entendida justamente pelo que caracteriza o homem a diversidade, a possibilidade de mudanças. É preciso compreender que tais mudanças, como se pensava no início, não se encerram somente no tempo, mas também se manifestam no espaço, nas camadas sociais. Dentro da unidade territorial brasileira se revelam muitos falares que se justificam e condicionam para se adequar a realidade sociocultural de nosso país. Foi de evolução para evolução que chegamos até o exato momento de nosso falar; caso contrário, estaríamos falando latim.
          Costuma-se dizer o Latim “língua morta”. Tecnicamente uma língua é morta quando deixa de será língua materna de povos viventes. Toda pessoa nasce dentro do âmbito do uso de uma língua, é nela alfabetizada e a conserva ao modo de veículo dinâmico de expressão. Mesmo quando o indivíduo adquire competência no uso de outros idiomas, a língua materna permanece como o seu referencial linguístico. Todo idioma, ao cumprir a função de “nascedouro” linguístico de comunidades vivas, está em permanente evolução. O Latim é considerado “língua morta” porque não é mais, em lugar algum, idioma aprendido no berço. Em nenhuma parte do mundo, alguém nasce e é alfabetizado em Latim. Alguns estudiosos consideram estar o Latim vivo, de maneira modificada, nas línguas românicas Português, Francês, Espanhol, Romeno, Italiano – em uso atualmente. O Latim é raiz linguística de muita influência, é de fundamento cultural.
          Em uma linguagem sistemática e coerente podem ocorrer formas diferentes de se efetuar a língua, uma vez que variam no espaço, ao encontrarmos pessoas de regiões diferentes do Brasil, não raro nos deparamos com expressões linguísticas diferentes. Na fala de interioranos de São Paulo, por exemplo, o r é retroflexo, como em porta, celular; já na região Nordeste tem o uso das vogais o e é aberta. Ao constatarmos a renovação da língua, muita vezes, mesmo sabendo que é fato incontestável seu dinamismo, ainda assim percebemos dificuldades de coexistência dos múltiplos falares; recentemente passamos a assumir que o preconceito linguístico é real e se manifesta toda vez que temos o embate e a identificação das diferenças linguísticas por diferentes grupos.
Existem múltiplos fatores originando as variações, as quais recebem diferentes denominações. Dialetos, Socioletos, Idioletos, Etnoletos, Ecoletos. É inegável as diferenças que existem dentro de uma mesma comunidade de fala. A partir de um ponto qualquer vão se assinalando diferenças à medida que se avança no espaço geográfico. Da mesma forma se constatam diferenças dentro de uma mesma área geográfica, resultantes das diferenças sociológicas tais como educação do indivíduo, sua profissão, grupos com os quais convive, enfim, sua identidade. Tudo isso pode interferir e operar como modelador à fala de alguém. O Brasil apresenta um vasto território, caracterizado por regiões geográficas diversas. Com isso temos diferentes formas de pronúncia, vocabulário e estrutura sintática. Não é difícil perceber que a norma culta – por diversas razões de ordem política, econômica, social, cultural – é algo reservado a poucas pessoas no Brasil; talvez porque haja um distanciamento entre as normatizações gramaticais e a obediência dos falantes em seguir tais normas.
As variações linguísticas podem ocorrer naturalmente como resultado dos fatores espaço e tempo, mas também como recurso de individualidade, quer por uma pessoa ou uma comunidade. Independentemente da intencionalidade ou não no emprego das variações, torna-se importante evidenciar os vocabulários diferenciados, como uma forma dos grupos marcarem presença na comunidade e seu papel de fator de projeção no meio social.